Galeria 2007: Cypriano

Argemiro Cypriano - Miro, para os amigos - e sua esposa Terezinha, vivem na próspera cidade paulista de Itupeva, e curtem juntos o MP Lafer Ti com placa 1977, a exemplo do que ocorreu no dia 21 de abril de 2007, durante o 11° Passeio do Clube MP Lafer Brasil, com destino final na Praça da Bandeira em Caçapava, cenário da foto bem humorada logo abaixo:

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Caçapava 2007 - por Argemiro Cypriano

A reportagem fotográfica do Miro vem com direito à título e registro de data!

Argemiro Cypriano veio com seu MP desde Itupeva, na região de Campinas.

A seqüência de traseiras de MPs é contrabalanceada pela imagem a seguir...

Vários MPs vistos de frente no Posto do km 30 da antiga Rodovia dos Trabalhadores.

A fila parece interminável, apontando para um ponto de fuga na visão em perspectiva.

A Serra do Mar ao fundo, em curva da estrada que liga Jambeiro à Caçapava.

MPs fazendo o balão de acesso à cidade de Caçapava, próximo à rodoviária local.

E para encerrar, uma justa homenagem à Terezinha. O MP fica melhor quando usado em sua capacidade máxima de passageiros!

Caçapava 2007 - por Marcos Vasconcellos

Entre MPs e amigos, Marcos levou todos para o passeio do Clube.

Luiz Previero, o garotinho chorão e o Marcos, um toque de humor para celebrar o dia.

Carro vermelho e cabelo na testa, numa festa onde todos foram donos.

O casal Luiz e Marcela, desfrutando o convite do Marcos para levar seu MP vermelho.

O momento da espera, para chegar em grande estilo na Praça da Bandeira, em Caçapava.

Alguns participantes foram almoçar fora da cidade, no Restaurante Toca do Coelho.

Sobre o caput do MP, a garantia de uma volta com sabor de "quero mais".

Caçapava 2007 - por De Lucca

A turma de Campinas, da esquerda para a direita: Marcela, Luiz, Marcos, Rosana, Jean, Claudete e De Lucca. E o garotinho chorando? É o Sergio Menino Jr.

MP Lafer e Puma: povoando os sonhos da juventude nos anos 70 e preservados com esmero pelos sempre jovens do século XXI.

A largada do passeio capturada pelas lentes do Lucca, um dos momentos mais aguardados após o recebimento da carta convite do Clube.

Esta imagem merecia figurar na testada de um site sobre as coisas boas da vida: a liberdade, a natureza e a boa companhia das pessoas que compartilham paixões.

A chegada em Caçapava, por avenida que cruza a Rodovia Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. A propósito, os cariocas fizeram muita falta neste ano!

É proíbido estacionar? Não para os MPs neste dia 21 de abril de 2007. Feriado nacional de Tiradentes e data escolhida para o passeio.

O Tenente Arruda, de volta à Caçapava depois de 60 anos: Expedicionário na Segunda Guerra Mundial e herói brasileiro com todas as letras.

Mais Caçapava 2007

Caçapava 2007: os vídeos no You Tube

Imagens e edição de Anibal Tosetto, exceto quando indicado nas legendas.

Parte 1
Compreende a largada no km 30 da Rodovia Airton Senna, passando pelo pedágio e túnel da Carvalho Pinto, estrada de Jambeiro e chegada em Caçapava. Imagens capturadas por Jean Tosetto.



Parte 2
Focada na Praça da Bandeira, com a movimentação das pessoas em torno do MPs estacionados em várias filas ao redor deste belo local arborizado.


Parte 3
No final da programação, a entrega dos prêmios e prendas aos participantes, com destaque para os discursos dos diretores do Clube MP Lafer Brasil.


Slide Show
Fotografias de Jean Tosetto, Nelson Porto, De Lucca e Marcos Vasconcellos.


Caçapava 2007 - por Nelson Porto

O Escort no canto esquerdo também é conversível e pertence à equipe do Toninho, por isso foi incluído na foto clássica dos MPs, lado a lado no posto de abastecimento, no km 30 da Rodovia Airton Senna.

Os últimos participantes que chegaram para a saída do passeio tiveram que estacionar numa área oposta à reservada para os MPs, formando um belo visual que lembra a posição de largada das antigas corridas de automóvel.

Nas palavras do próprio Nelson: "Ficou buzinando, aí eu deixei passar..." - A capota do carro amarelo também abaixa, mas o volante não deve ser de madeira, então qual é a graça?

MPs indo e voltando, uma cena rara, que só num passeio como o do Clube MP Lafer Brasil pode ser apreciada.

Engarrafamento de MPs em pleno sábado, numa cidade do interior - outra cena rara! Mesmo com o comércio fechando depois do almoço, as ruas de Caçapava permaneciam cheias de gente.

11º Passeio do MP Lafer - Caçapava 2007

Os dez anos do Clube MP Lafer Brasil foram comemorados em praça pública. Uma marca expressiva como esta poderia ser badalada num hotel fazenda ou num centro de convenções de cidade turística, com toda a pompa protocolar que costuma-se associar a um encontro de carros antigos e exóticos. Mas, pensando bem, dessa forma não seria um passeio do MP Lafer. Já em Caçapava, a Praça da Bandeira ainda é o centro social, cívico e comercial da cidade, um lugar onde não se cobra o ingresso e a presença de todos é bem vinda.

Mas o 21 de abril de 2007, feriado nacional de Tiradentes, começou num posto da antiga Rodovia dos Trabalhadores. Ali você pode abastecer seu carro e convidar o amigo para tomar o café da manhã, misturado com leite e pão com manteiga tostado na chapa, enquanto o sol se levanta. Nos outros dias do ano, isso é algo que passa desapercebido, mas em datas especiais como esta, até os sabores das boas lembranças são simples. Simples, porém únicos e valiosos.

O cheiro dos motores, sendo ligados todos de uma vez, pode não ser muito agradável, mas felizmente a brisa suave da serra vem logo em seguida, para encher os pulmões de vida e fazer brilhar os olhos dos participantes, ao perceberem que também fazem parte do cenário multi-colorido dos conversíveis, rodando ante os campos verdejantes, sob um céu azulado. Completam a sinestesia o famoso buzinaço nas estações de pedágio e o ronco dos escapamentos, amplificados pelas reverberações dentro dos túneis de concreto armado.

Mas neste quadro, não dá para pintar apenas as maravilhas de uma ocasião especial. A chegada em Caçapava mostra a dura realidade brasileira, com casas humildes construídas precariamente no alinhamento da estrada de Jambeiro. Pode-se imaginar o que passa pela cabeça de alguém que, ao abrir a janela da sala, vê passar a poucos centímetros uma fila interminável de pára-lamas ressaltados e reluzentes: "Que da hora! De onde veio tanta gente?" Essa gente vem de várias origens: do interior paulista e até de outros estados, como Minas Gerais e Santa Catarina. Já Ricardo Marx veio guiando seu MP desde Apucarana no Paraná, até o Vale do Paraíba, totalizando os 800 quilômetros que lhe valeram o Troféu José Mauro Rabello Cabral.

Algumas avenidas e ruas depois, porém, a festa atingiu seu clímax. A praça, bem arborizada e cercada de edifícios de arquitetura vernacular, ficou pequena para abrigar tantos MPs, um número que mais uma vez bate a casa da centena. Poucas vezes se viu um público tão receptivo e interativo: famílias inteiras caminhando lado a lado com proprietários de MPs, querendo conhecer tudo a respeito do carro. Muitos ficaram sabendo que o Lafer não é importado, por exemplo. E se impressionaram quando informados que não eram carros tão antigos assim.

Os elogios se repetiam a cada passo dado. Eles eram agradecidos com muita atenção por parte dos laferistas, que fizeram questão de explicar cada pormenor questionado pelos curiosos. Tais manifestações populares são espontâneas: não podem ser encomendadas por entidades políticas ou manipuladas por veículos de comunicação em massa. Ao ver crianças sorrindo e apontando o dedo para os MPs - algo que é bem comum, diga-se de passagem - dá até para esquecer de certos aborrecimentos, que cercam os cuidados relativos a quem participa do evento.

Para o presidente Walter Arruda, esta data teve significados particulares. Marcos Antonio, seu grande amigo e co-fundador do Clube MP Lafer Brasil, não pôde comparecer desta vez, devido à problemas de saúde. Mas seu pai, o Tenente Arruda, retornou pela primeira vez à cidade em que serviu no 6º Batalhão de Infantaria por quatro anos, culminando na participação, como Expedicionário, da Segunda Guerra Mundial encerrada em 1945. Caçapava foi uma das cidades brasileiras de onde mais partiram combatentes paulistas, e toda homenagem será pouca para estes verdadeiros heróis da nossa Pátria.

Também pela primeira vez a chuva resolveu aparecer, trazendo um pouco de apreensão para quem resolveu retornar à São Paulo no mesmo dia. Mas pelos um fato tão histórico quanto raro pôde ser registrado: o MP Laferrari do Romeu Nardini foi flagrado com a capota fechada! Ainda sem saber do destino do 12º Passeio do MP, os participantes já tem uma certeza, a de que menções honrosas devem ser entregues aos diretores do Clube, por este belo trabalho realizado a cada ano. Até a próxima!

Por Jean Tosetto, com a colaboração de Nelson Porto e Romeu Nardini.

De noite ou de dia: o Vigilante Rodoviário

A figura do herói sempre foi importante na cultura ocidental. Na Grécia antiga, os heróis eram personagens mitológicos que realizavam grandes façanhas, cujas sagas compreendiam aventuras que normalmente descreviam o protagonista deixando seu lar, para posteriormente retornar em glória e servir de referência para os demais. Aos heróis costumava-se atribuir também, o fato de comumente sacrificarem alguns aspectos de suas vidas, em função de nobres ideais a serem perseguidos.

Os séculos passaram e as sociedades modernas continuam dependendo dos heróis. Mas as condições para se tornar um parecem ter mudado radicalmente. Hoje em dia basta aparecer num reality show da televisão para ser tachado de herói. A mídia eventualmente adora fabricá-los, enaltecendo realizações esportivas e artísticas. Profissionais de marketing cientificamente moldam uma áurea semelhante em políticos populistas. Infelizmente há também os heróis de fato e esquecidos: trabalhadores e donas de casa que educam seus filhos em tempos contemporâneos.

Estes, quando vão ao cinema, esquecem um pouco das questões cotidianas ao verem, nas telas, filmes estrangeiros repletos de cenas épicas de ação, com os chamados super-heróis, vestidos em colantes coloridos e capas tremulantes ao vento. Nesta hora, poucos jovens se lembrarão que o Brasil também tem os seus heróis. Mas certamente quem tem um pouco de história para contar citará o primeiro da televisão brasileira: o Vigilante Rodoviário.

Carlos Miranda em seu cartão de apresentação, autografado para o site do MP.

Ele não dispunha de super poderes e tão pouco contava com regalias tecnológicas de última geração, a não ser o veículo Simca Chambord 1959, mas teve a honra de se firmar nos primórdios das produções de seriados nacionais, que no começo dos anos 60 estavam apenas vislumbrando o seu potencial comunicativo. Porém, o que tornou o Vigilante Rodoviário digno de ser considerado um herói, foi o fato de seu alter ego, o ator Carlos Miranda, ter se convertido num patrulheiro de verdade, como ele mesmo relata em seu cartão de apresentação:

“Em 1961 o Brasil foi supreendido com o lançamento da primeira série de filmes produzida especialmente para a televisão, pioneira em toda a América Latina. Ari Fernandes e Alfredo Palácios foram os idealizadores. A eles se juntou um jovem ator oriundo do Teatro Popular do Sesi, escolhido para personificar o primeiro herói de filmes para TV. O programa surpreendeu a todos e já na primeira semana tornou-se a maior audiência em todo o país. Esse herói teve também o mérito de ser o primeiro ator a tornar-se verdadeiramente o personagem e ingressar no prestigiado Guiness Book. Sua carreira na Policia Militar foi marcada pela colaboração nos mais diversos eventos dirigidos às crianças, na elaboração dos programas de aproximação da população com as atividades da corporação, com a Semana da Criança, dos programas na TV Excelsior e na TV Bandeirantes, do primeiro laboratório de fotografia, de cinema e da primeira revista dirigida a estudantes do primeiro e segundo graus. Após sua passagem para a reserva, o Vigilante Rodoviário continua sua trajetória em quase todas as cidades brasileiras, levando a universidades, escolas e encontros de carros antigos, o trabalho que a Policia Militar desenvolve em prol da população.”

Foi exatamente num destes encontros, realizado na cidade paulista de Holambra em novembro de 2006, que tivemos o contato pessoal com Carlos Miranda. Os quarenta e cinco anos passados desde sua estréia na TV não roubaram a sua compleição atlética e o carisma autêntico das pessoas destinadas a brilhar. Ele mesmo veio guiando o velho Simca da cidade onde reside atualmente, Águas da Prata, e foi muito atencioso com todos que o cercavam.

Com a Harley-Davidson 1952 e o cão Lobo na TV Tupi: outubro de 1961.

Seu aperto de mão caloroso transmite a confiança que devemos ter nas pessoas que patrulham nossas rodovias. E já que estamos tratando de um herói, cuja função é servir de referência positiva aos mais jovens, não custa nada buscarmos inspiração nele, sempre que estivermos ao volante de um carro, dirigindo por uma estrada. Nas viagens rodoviárias, se formos vigilantes na direção, poderemos voltar para casa com segurança. Talvez sem a alcunha de herói perante nossos amigos e familiares, mas certamente um pouco melhores do que quando partimos.

Por Jean Tosetto

Veja também:

A saga do herói continua - vamos ajudar!

Antes de viajar, verifique!

Ter um carro antigo ou especial na garagem requer uma série de cuidados inerentes ao fato de guiá-los nos fins de semana. Estes pequenos passeios justificam o empenho na aquisição do modelo e compensam as horas de dedicação para deixar o veículo em perfeito estado de funcionamento. Mas são nas viagens mais longas que certos itens dos veículos são postos à prova - ou exigidos para valer. Portanto, embora soe redundante para os motoristas mais precavidos, nunca é demais relembrarmos alguns aspectos preventivos, antes de pegar a estrada.

Levar o carro no seu mecânico de confiança para simplesmente entregar a chave e pedir uma revisão geral pode ser muito prático, mas certamente ele agirá com mais atenção se você puder conter seu orgulho por ser leigo no assunto, e demonstrar algum interesse na manutenção preventiva do automóvel. Ao citar alguns pontos especiais de verificação, você estará deixando claro que deseja realmente uma varredura minuciosa que o deixará tranqüilo ao dirigir por longas horas.

Parte elétrica

Comece pela parte elétrica. Confira o funcionamento dos faróis, baixos e altos, veja também a luz de ré e de freios, assim como o pisca alerta e as setas de conversão. Fazendo isso, no mínimo estará evitando uma multa ao trafegar de noite.

É justamente no período noturno que o alternador de seu carro deve estar em ordem – se ele falhar, os faróis perdem progressivamente a potência e por fim o motor apaga. Quando isso ocorre, nem adianta tentar fazer o carro pegar no tranco, pois a bateria está completamente exaurida. Evite este transtorno testando o alternador com o motor ligado. Caso ele não esteja trabalhando corretamente, não deixe o eletricista simplesmente trocá-lo, uma vez que pode ser o regulador de voltagem, uma pequena peça anexa – que é também muito mais barata.

Pode não estar anoitecendo, mas se chover o limpador de pára-brisa precisa trabalhar a contento. Movimentos lerdos pedem uma regulagem ou enrolamento do motor elétrico. As borrachas das palhetas não podem estar ressecadas ou enroscando nas extremidades do seu percurso.

Peça ao eletricista para espionar a condição da fiação do veículo. Emendas malfeitas - especialmente no chamado chicote - prejudicam a condutividade do sistema e a eficiência dos componentes elétricos. Mesmo que a mão de obra para este pormenor seja um pouco salgada, é melhor do que ficar refém da sorte, longe de casa.

Motores que não contam com ignição eletrônica, se valem de uma pequena, porém essencial peça, denominada platinado. É um item tão barato que vale a pena levar no carro uma unidade de reserva, o mesmo vale para o condensador - que trabalha em conjunto. Muitas vezes a razão de um carro antigo não ligar o motor é porque o platinado colou. A troca poupa o simples trabalho de raspar, com uma chave de fenda, os componentes que ionizam com a ação do tempo e da umidade.

No motor do MP: 1) bobina - 2) alternador - 3) regulador de voltagem - 4) filtro de ar.

Parte mecânica


Finalizando a parte elétrica mais explícita, logo se percebe que existe uma simbiose entre esta e a parte mecânica. Verificar a bobina, por exemplo, é algo que se pode fazer num auto-elétrico ou na oficina mecânica. Porém, toda revisão nesta área passa pela avaliação do estado das velas, além de seus cabos. Se as velas estiverem sujas e não forem limpas ou substituídas, qualquer um dos cilindros do motor pode parar repentinamente.

Motores mais cansados fazem as velas sujarem mais rápido, pois o óleo lubrificante que circula em seu interior começa a subir pelas minúsculas frestas que surgem inexoravelmente, com o desgaste dos anéis. Neste momento, não se sinta constrangido em pedir para o seu mecânico instalar um tucho, se uma vela aparecer mais suja que as demais. Eficaz e barata, esta solução protela a retífica do motor. Mas neste caso as visitas de verificação junto ao mecânico deverão ser mais constantes, pois os tuchos não fazem milagres.

Após repassar as válvulas, está na hora de conferir a regulagem do carburador. Se o motor for de dupla carburação, ambos devem funcionar simultaneamente, para tanto, o mecânico deve estar com os ouvidos apurados ao fazer a equalização. Se o quesito a ser analisado forem os giclês, adote os mecânicos, que são mais simples, leves e pequenos. Giclês eletrônicos são relativamente pesados e grandes, por isso desregulam facilmente, devido à trepidação causada por pavimentos irregulares.

A trepidação também pode prejudicar a fixação dos filtros de ar sobre os carburadores. Um filtro tombado não significa necessariamente que o motor vai parar, mas esta situação pode ser muito danosa se o ambiente da estrada estiver empoeirado. Muitas vezes ocorre que o próprio suporte para o filtro está danificado, mas existem adaptadores de plástico reforçado que solucionam a questão facilmente.

Em revisões mecânicas não se adota o hábito de abrir o motor ou a caixa de câmbio. Estes procedimentos são custosos e só devem ser feitos em casos de ruídos metálicos evidentes ou a observação de vazamento de óleo em excesso. Todo carro antigo necessita de complemento de óleo lubrificante, antes mesmo que este esteja vencido, mas só quando a quantidade a ser adicionada for exagerada ou freqüente é que se deve prestar mais atenção na vida útil do conjunto.

O mesmo procedimento, no entanto, não pode ser adotado para o fluído dos freios. Se for necessário completar o nível deste, é imperativo rastrear, antes, a origem de possíveis vazamentos. Quando estes forem detectados e devidamente sanados, deve se promover uma sangria no sistema e repor com fluído novo. Ainda no quesito “freios”, não deixem de averiguar as condições das pastilhas e discos.

Ao lado do pedal do freio temos o pedal da embreagem. O cabo desta também entra na lista de peças de reposição que se deve ter por perto, por ocupar pouco espaço – e peso – no bagageiro. Sua regulagem é bastante flexível e se adapta ao estilo de dirigir de cada um. Há os que preferem respostas rápidas e secas, assim como outros que optam por um curso maior e mais suave. O importante é que este item não fique esquecido na hora de se pedir uma revisão geral.

O extintor de incêndio deve estar dentro do prazo de validade.

Suspensão, alinhamento e balanceamento

Ao levar seu carro para trocar o óleo, experimente acompanhar o serviço, especialmente quando o veículo ficar suspenso pelo macaco hidráulico. Observe o estado das coifas de borracha: se estiverem ressecadas está no momento de trocar. Solicite ao funcionário da ocasião que engraxe os braços da suspensão. Infelizmente não são todos os postos de serviço que dispõem desse tipo de equipamento. Procure se informar, portanto, de um local adequado para realizar esta rotina de manutenção.

Certas suspensões são reguladas facilmente através de catracas, neste caso resista à tentação de alterar a altura padrão de seu veículo. Sua geometria foi concebida para trabalhar com o máximo de segurança e eficácia possível. Aumentar a altura da suspensão pode conferir um ar mais imponente ao carro, mas gera também, sensivelmente, maior consumo de combustível. Por outro lado, ao abaixar a suspensão, haverá uma dúbia impressão de maior estabilidade, porém certamente o conjunto sofrerá com as lombadas e buracos das vias brasileiras - sem contar que certos objetos estranhos podem oferecer um risco à dirigibilidade.

Entre as suspensões e o chão temos os pneus. Obviamente deve-se descartar o uso de pneus carecas. Só que no caso de veículos antigos, mesmo com os sulcos preservados, pode ser que os pneus estejam ressecados, havendo o risco de dechaparem em alta velocidade, com conseqüências traumáticas. Respeite a vida útil deles, portanto. Ela pode ser maior se alguns cuidados forem tomados, o mais simples é fazer a calibragem, sempre que possível.

Consulte o manual de instruções para saber quanta pressão cada pneu pode receber. Conforme a distribuição de peso do modelo, pode haver variação entre pneus dianteiros e traseiros. É o caso do MP Lafer, por exemplo: o eixo traseiro recebe mais carga, pois o motor e os ocupantes estão concentrados sobre ele. A dianteira do MP é mais leve e, portanto, a calibragem do eixo dianteiro é ligeiramente menor. De qualquer forma, nunca esqueça de calibrar também o estepe que, mesmo sem uso, costuma esvaziar com o passar das semanas.

Por fim, proceda com o alinhamento e balanceamento das rodas, ocasião em que se confere também a situação dos amortecedores. Evite as cambagens negativas ou positivas demais: elas geram desgaste maior nas zonas periféricas dos pneus e, fora do ambiente esportivo, não resultam em qualquer ganho de performance para o motorista - que não é piloto profissional. Os amortecedores, por sua vez, devem ser substituídos sempre que, ao serem testados manualmente, responderem com mais variações do que as provocadas pelos braços do avaliador.


Conclusão

Não é nossa intenção, com este texto, cercar todas as possibilidades da manutenção preventiva de um veículo. Longe disso: são inúmeros componentes que podem ser verificados, entre eles as correias, polias e mangueiras. O que ocorre, muitas vezes, é que ao inspecionarmos algum aspecto do veículo, poderemos notar irregularidades em itens que não eram de nossa suposição. Sempre que isso acontecer, certamente estaremos eliminando uma surpresa desagradável num momento inesperado.

Com o carro devidamente em ordem, só falta fazer a limpeza do interior e enceramento da carroceria, além de ter os itens de segurança obrigatórios sempre em dia. Poucas coisas dão mais prazer ao entusiasta de carros antigos ou especiais, do que esvaziar a mente dirigindo uma máquina com o horizonte aberto ao fundo. No mais, é encher o tanque e boa viagem!

- Por Jean Tosetto


Caçapava 2007: guia básico de serviços

O dia 21 de abril de 2007 foi a data escolhida pelo Clube MP Lafer Brasil para a realização de seu 11º Passeio Anual, desta vez com destino à Caçapava, no Vale do Paraíba. Com a largada marcada para as dez horas da manhã no km 30 da Rodovia Ayrton Senna, a previsão de chegada ao ponto final fica para próximo ao meio dia.

Os MPs ficarão estacionados nas imediações da Praça da Bandeira, no centro comercial da cidade. Atualmente a prefeitura está efetuando uma revitalização no local para ser entregue durante as comemorações pelo aniversário do município, em 14 de abril. Embora não haja nas redondezas um restaurante de porte suficiente para abrigar a todos os participantes, a Praça fica na cabeceira de dois calçadões servidos por padarias, lanchonetes e sorveterias.

Por se tratar de um feriado nacional, não há garantias de que todas as lojas irão abrir, mas ao menos a Padaria Santa Terezinha, no calçadão da tradicional Rua Sete de Setembro, já confirmou sua abertura, ao menos até as duas horas da tarde, ou enquanto houver consumidores. Encomendas de lanches ou pedidos especiais podem ser solicitados com a Sandra, pelo telefone (12) 3653-1215.

O chafariz da Praça da Bandeira, um lugar bem arborizado.

Hospedagem

Caçapava é uma cidade relativamente próxima de São Paulo, um município à frente de São José dos Campos, para quem parte da capital paulista. Mas como muitos participantes do passeio vem de cidades do interior e outros estados, cabe aqui a sugestão de dois dos principais hotéis caçapavenses, ambos muito próximos ao principal viaduto local, em margens opostas da Rodovia Dutra.

O Arcadas Hotel fica na Avenida Coronel Manoel Inocêncio 2000, no sentido Rio-São Paulo. O telefone para reservas é (12) 3653-2177. Já o Plaza Dutra Hotel é visível para quem transita pela Dutra no sentido São Paulo-Rio, na Rua Wenceslau Bras 155. Telefones para contato: (12) 3653-3500 e (12) 3653-3501.

Vista do calaçadão da Rua Sete de Setembro.

Culinária

Quem se hospedar na cidade de Caçapava poderá apreciar a típica comida caipira do Vale do Paraíba, no Restaurante Toca do Coelho, que fica no início da estrada que conduz à Vila Caçapava Velha, partindo da Rodovia Dutra. O lugar possui arquitetura rústica e ambiente familiar. Reservas para o jantar de sábado - ou para o almoço de domingo, dia 22 de abril - podem ser feitas diretamente com o proprietário, o Senhor Coelho, através dos telefones (12) 3655-3842 e (12) 8124-1384.


Turismo regional

Num raio inferior à 90 km do centro de Caçapava, estão cidades de forte apelo turístico. As praias de Caragatatuba, no litoral norte, podem ser acessadas pela Rodovia dos Tamoios, que se liga à Caçapava pela estrada de Jambeiro - um pouco estreita e sinuosa, mas ótima para o motorista atencioso que abaixar a capota do MP. No entanto, se a pedida for subir a serra até Campos do Jordão, basta seguir de Caçapava para a vizinha Taubaté, pela Rodovia Dutra, e tomar o viaduto para Tremembé.

Fachada de prédio público da cidade, lindeiro à Praça da Bandeira.


O importante é ter em mente que se trata de um passeio, onde a pressa fica em último plano e as noções de direção defensiva devem predominar. Desta forma, há uma grande chance de desfrutar de um fim de semana que tem tudo para ficar na memória afetiva de cada um.

Colaboração: Heny Tosetto

Fotos: arquivo municipal

Veja também:

Agenda: abril ~ julho 2007

21 de abril

11º Passeio do Clube MP Lafer Brasil - Caçapava 2007

Largada no km 30 da Rodovia Ayrton Senna, às 10 horas da manhã. A previsão é de 80 a 100 veículos da marca, seguindo em fila indiana para o Vale do Paraíba. Para mais informações, clique aqui.

27 de abril ~ 01 de maio

XII Encontro Paulista de Autos Antigos em Águas de Lindóia

Este evento possui relevância nacional, e vem sendo referência no cenário latino americano. Para mais informações visite o site oficial.

29 de junho ~ 01 de julho

VI Encontro Paranaense de Veículos Antigos e Especiais em Antonina

Trata-se de uma iniciativa do MP Lafer Auto Clube do Paraná, que após cinco anos de atividade se consolida na região sul do Brasil. A inscrição é franca para todos os MPs.