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Um MP Lafer no anúncio do Mappin, publicado nos principais jornais de São Paulo em meados de 1976. |
Antes do advento do shopping center tomar conta das grandes e médias cidades do Brasil, eram as lojas de departamentos que atraíam o público consumidor, que fazia de suas compras também um evento de lazer. Famílias inteiras percorriam os andares das maiores lojas, entre elas algumas do Mappin, na Grande São Paulo.
A primeira loja brasileira do Mappin foi inaugurada no fim de 1913 por dois irmãos ingleses, que lhe emprestaram o sobrenome. Nos anos de 1950 a elite de São Paulo se encontrava na loja da Praça Ramos de Azevedo, mas com o tempo o Mappin se tornou uma rede mais popular e acessível, sendo uma das empresas pioneiras do Brasil na abertura de crediário.
O auge do Mappin ocorreu na década de 1970, quando vendia uma grande variedade de bens para a classe média paulista, que iam desde brinquedos, passando por roupas e eletrodomésticos, chegando aos móveis. Até um automóvel o Mappin ofertava neste período, no caso o MP Lafer - não por acaso fabricado por uma indústria de móveis que também vendia seus produtos naquele varejista.
A estagnação chegou na década seguinte, com o aumento do número de shoppings começando a lhe tirar clientes, sendo um fator aliado à recessão econômica e ao aumento da violência urbana. Com a decadência do centro de São Paulo, as lojas de departamento abertas diretamente para as ruas e avenidas - muitas delas sem estacionamento - foram fechando uma após a outra.
O Mappin faliu em 1999, junto com outra potência da época, a Mesbla. Tais empresas estavam sob o controle acionário do mesmo empresário, que não soube lidar com a modernização de um tradicional modelo de negócio, apesar da força de suas marcas.
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